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Localização

entroncamentoO Entroncamento encontra-se a escassos quilómetros da margem direita do rio Tejo, integrando a região Centro (NUTS II) e sub-região do Médio Tejo (NUTS III). A localização central do concelho, cuja área territorial de 13,7 km2 aglomera duas freguesias e reúne 20.206 entroncamentenses, tornou-o num proeminente ponto de cruzamento nacional na rede ferroviária (Linha do Norte e Linha da Beira-Baixa) e desta com a rede rodoviária.

A nível concelhio é limitado por Torres Novas (norte e oeste), Vila Nova da Barquinha (este) e Golegã (sul).

Sede do município (coordenadas GPS, WGS84 Datum)

    • DDD (graus decimais): 39.4654, -8.4682
    • DMM (graus e minutos decimais): 39º27.9245', -8º28.0904'
    • DMS (graus, minutos e segundos): 39º27'55.4597'', -8º28'05.4026''

História

As primeiras referências históricas ao território onde atualmente se localiza o Entroncamento remontam ao século XVI, no livro de registos da paróquia da Atalaia em que se referenciam batizados realizados na capela de S. João das Vaginhas e moradores do Casal das Gouveias que receberam o mesmo sacramento na Igreja da Atalaia. A região volta a ser referenciada na terceira invasão francesa, em 1811, com a derrota das tropas do general Massena por um grupo de guerrilheiros locais às ordens de Madrugo num olival da Ponte da Pedra.

A proximidade de portos fluviais de relevo nos séculos XIV-XVIII, como o de Vila Nova da Barquinha e Punhete (antigo topónimo de Constância), e dos campos agrícolas pertencentes à Quinta da Cardiga trouxeram alguns moradores e muita gente de passagem nas suas vidas de almocreves, homens do rio ou agricultores.

Em meados do século XIX o Entroncamento começa a ganhar forma, mais propriamente no ano de 1859, com a assinaturado contrato definitivo para a construção e exploração das linhas do Norte e do Leste, incluindo um apeadeiro num terreno próximo da ribeira da Ponte da Pedra. Por ocasião da inauguração do troço Santarém-Abrantes, então denominado Caminho de Ferro do Leste, em 1862, e da junção da Linha do Norte (troço Entroncamento-Soure) à linha do Leste, em 1864, o local já era habitado por um número significativo de trabalhadores, vindos na sua maioria da Beira Baixa e do Alentejo, e técnicos especializados com diversas nacionalidades. Nesse período, as barracas de lona deram lugar aos primeiros bairros operários, construídos pela Real Companhia dos Caminhos de Ferro.

A população viria a sofrer alterações com a entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) uma vez que o reforço estratégico de transportes e comunicações provocou a fixação de aquartelamentos militares na localidade devido à sua localização central. O desenvolvimento exponencial da região ao longo dos anos seguintes traduziu-se na criação da freguesia do Entroncamento em agosto de 1926, com terrenos desanexados de Santiago (Torres Novas) e Atalaia (Vila Nova da Barquinha), seguida pela sua elevação a vila apenas seis anos depois.

A constituição oficial do concelho ocorreu em novembro de 1945, impulsionada pelo ferroviário e político José Duarte Coelho, sendo a sede instalada nos atuais Paços do Concelho após a conclusão do edifício em julho de 1946. Nessa época, o Entroncamento constituía o segundo maior meio operário do país e assumia-se como a terra dos fenómenos, mito fomentado pelos jornalistas Leitão de Barros e Eduardo O. P. Brito.

No ano 1991, menos de um século e meio após a construção do apeadeiro na Ponte da Pedra, o Entroncamento conquistou a categoria de cidade, constituída oficialmente por uma única freguesia até janeiro de 2004.

Freguesias

As freguesias de Nossa Senhora de Fátima e São João Baptista constituem este concelho, sedeado na cidade do Entroncamento, que se encontra entre os cinco municípios mais pequenos do país. Quase 67% da área territorial é ocupada pela freguesia de Nossa Senhora de Fátima, a maior em termos de população residente, acima dos 12.000 habitantes.

Ambas as freguesias têm população maioritariamente adulta, com idades compreendidas entre os 25 e os 64 anos, e apresentam uma densidade populacional elevada, destacando-se a freguesia de São João Baptista com mais de 1.650 habitantes por km2.

Áreas de Especialização

O crescimento do Entroncamento deveu-se sobretudo às atividades relacionadas com o caminho de ferro, todavia, com o passar dos anos a classe operária foi sendo substituída por trabalhadores nas áreas do comércio, dos serviços, das indústrias de construção civil e dos materiais de transporte.

O número total de sociedades e empresas no concelho é o quinto maior registado no Médio Tejo, lugar ocupado igualmente no que respeita ao mercado de trabalho, empregando quase 10% da população da região. Em ambos os casos, o setor terciário é o mais significativo, centralizado no comércio por grosso e a retalho e em atividades administrativas e serviços de apoio, no qual trabalham mais de 80% da população ativa. No extremo oposto encontra-se o setor primário, que não chega a 1% do mercado de trabalho do concelho e apresenta o menor número de explorações agrícolas registadas.

Pontos de Interesse Turístico

Entroncamento é um concelho que convida a...

CULTURA

    • conhecer obras literárias de todos os tempos e estilos na Biblioteca Municipal
    • apreciar os traços arquitetónicos do Centro Cultural no edifício do antigo mercado diário, que integra uma galeria de arte e comércio

    • admirar o património religioso na Igreja Matriz, dedicada à Sagrada Família, na Capela de S. João Baptista e na moderna Igreja de Nossa Senhora de Fátima

HISTÓRIA

    • surpreender-se com a pluralidade de partidas e chegadas nas onze linhas da estação ferroviária
    • visitar os bairros ferroviários que albergaram os primeiros técnicos e trabalhadores, nomeadamente o bairro do Boneco, o bairro da Vila Verde e o bairro Camões
    • conhecer os Paços do Concelho, edifício visionário na época da sua construção
    • explorar a evolução do caminho de ferro no Museu Nacional Ferroviário e confirmar a opulência do Comboio Real, composto pela Locomotiva D. Luiz, o Salão D. Maria Pia e a Carruagem do Príncipe

LAZER

    • fazer um piquenique ou pescar na albufeira do Parque Verde do Bonito
    • esquecer o ambiente urbano por momentos, numa sombra do denso arvoredo do jardim Afonso Serrão Lopes/Zona Verde ou no coreto do jardim Parque Dr. José Pereira Caldas/da Aranha
    • relaxar com o som da água nos repuxos das praças Salgueiro Maia e da República
    • adquirir produtos frescos regionais no mercado diário

Em suma, explorar o Entroncamento é conhecer peças prestigiadas do património ferroviário português, usufruir de um ponto privilegiado para partir e chegar de viagem, investigar detalhes históricos da evolução do caminho de ferro, visitar os templos erigidos pela fé popular e provar um dos típicos Bolos Ferroviários no silêncio e natureza que envolvem a albufeira.

Principais Festividades

Ao longo do ano, o concelho celebra e partilha a sua identidade:

CRIATIVA

pela organização dos concursos nacionais de Bandas de Música Moderna (junho) e de Fotografia (novembro)

MOTARD

através da concentração anual para aficionados genuínos (setembro)

RELIGIOSA

com os festejos em honra de S. João, que integram as Festas da Cidade (junho)

TRADICIONAL

ao realizar a Feira de Artesanato e Tasquinhas, inserida nas Festas da Cidade/de S. João (junho)


FONTES

CIMT - Portal do Empreendedor, Fundação Francisco Manuel dos Santos (PORDATA – Base de Dados Portugal Contemporâneo), IGESPAR - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, IGP - Instituto Geográfico Português (CAOP), INE – Instituto Nacional de Estatística (Censos 2011 e Recenseamento Geral da Agricultura 2009), Reorganização Administrativa de Freguesias (Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro), sites institucionais dos municípios associados e respetivas juntas de freguesia - informação recolhida em setembro de 2013.

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