Notícias

PEDIME leva atividades experimentais às Escolas

PEDIME leva atividades experimentais às Escolas

A Ciência chegou às escolas dos concelhos de Mação e Constância de forma envolvente, no passado dia 12 de junho, através do PEDIME – Plano Estratégico de Desenvolvimento Intermunicipal da Educação, no âmbito da medida intermunicipal Experimenta + Ciência.

Durante esta iniciativa, os alunos do 1.º ciclo foram surpreendidos com experiências, construções e aprendizagens que transformaram por completo a rotina escolar, despertando neles uma curiosidade contagiante.

Na EB1 de Mação, Maria do Rosário, de apenas 8 anos, não escondeu o entusiasmo: “Tive a montar legos para construir coisas e depois imprimir… desenhei um coração… que ficou rosa na impressão. Gostei de montar os legos porque em casa tenho muitos legos e gosto muito. Um dia gostava de repetir esta atividade”. Esta experiência, levada a cabo por professores do Instituto Politécnico de Tomar, revelou-se um verdadeiro catalisador de interesse entre as crianças, aproximando-as de forma prática e lúdica ao universo da ciência.

Francisco Nunes, professor do IPT e dinamizador da atividade “Circuitos Elétricos – Vamos dar luz aos números”, explicou que a sessão se dividiu em duas partes: “uma primeira mais virada para os circuitos elétricos para que os alunos aprendam a fazer medidas elétricas, de tensão e corrente, e depois uma componente mais numérica”. Para o professor, “para além de atraírem alguns conhecimentos das grandezas elétricas, fazemos aqui uma ponte entre as coisas que eles vão aprendendo, principalmente na área da matemática, e a necessidade de utilizar esses conhecimentos noutras atividades”. Francisco Nunes sublinhou ainda o impacto desta abordagem: “sinto que desperto o interesse neles, o que me enche de orgulho e encanta-me o interesse deles na atividade”.

Na perspetiva das professoras do 1.º ciclo, o impacto do Experimenta + Ciência é inequívoco. Anabela Pereira, da EB1 de Mação, acompanhou cerca de 18 crianças na atividade com lego e garantiu que “eles gostaram muito… o feedback é muito positivo, tenho meninos que quiserem repetir porque até queriam fazer novas ideias na impressão”. Também Sílvia Salveiro, docente no Centro Escolar de Santa Margarida da Coutada, em Constância, valorizou o contacto dos alunos com novas realidades: “Com este tipo de experiências na área da química ainda não tinham tomado contacto. O balanço é sempre muito positivo porque esta tarde permitiu-lhes conviver com a matéria de outra maneira e com pessoas novas, o que é sempre uma mais-valia”.

IMG 0604

A vertente química da medida foi conduzida por estudantes de mestrado em Tecnologia Química, como Joana e Vasco, que destacaram a variedade das abordagens: “trouxemos experiências diversas: desde a densidade, às reações ao ácido, reversíveis e irreversíveis, explicámos a base dos reagentes… são coisas que nós podemos fazer em casa e que as crianças podem ensinar os pais a fazer. Eles estão-se a portar muito bem, estão bastante atentos”, reforçaram.

Outros momentos marcantes envolveram experiências sensoriais, como recorda um dos professores do IPT, Carlos Ferreira: “apresento vários objetos ligados ao som, entre os quais um que apresenta várias frequências, para eles terem uma noção do número de ciclos por segundo. Coloco o máximo e o mínimo que conseguem ouvir, testo-os… Por exemplo, houve um aluno que só ouviu mais tarde, o que já me fez chamar a atenção do professor para ele ir fazer um teste auditivo”. Atividades como esta demonstram que além do valor pedagógico, estas iniciativas podem ter impacto direto no bem-estar e saúde dos alunos.

Na vertente do design e impressão, Miguel Sanches, professor na área de Design e Artes Gráficas no IPT, reforçou que “a ideia é trazer aquilo que é a experiência de imprimir: primeiro criar algo e depois conseguir multiplicar e experimentar a técnica de impressão. A partir destes pequenos objetos [os legos] eles podem inventar formas diferentes e com isso desenvolver a concentração, a motricidade fina, o manusear peças pequenas, o sentido criativo, o espacial… e a partir daí aprender”.

IMG 0663

Por último, Cristina Costa, coordenadora do projeto Experimenta + Ciência no IPT, defende que estas experiências são fundamentais nos primeiros anos de escolaridade: “As crianças estão muito mais curiosas, muito mais despertas para este tipo de atividades. Se não forem estimuladas nestes anos, não é mais tarde que vão ter curiosidade e aprender tão bem. Tendo em conta a sociedade que temos, temos de os habituar desde cedo para este mundo cada vez mais exigente, em que devem ser criativas e preparadas para múltiplos desafios”.

Esta ação do PEDIME – Experimenta + Ciência não só levou a ciência às escolas naquele dia 12 de junho, como trouxe consigo novas perspetivas de aprendizagem, maior envolvimento das crianças e um olhar mais curioso sobre o mundo. Desde o início do PEDIME mais de 18.000 alunos do Médio Tejo já usufruíram da medida Experimenta + Ciência. 

O PEDIME é cofinanciado pela União Europeia, Portugal 2030 e Programa Operacional do Centro 2030, através do Fundo Social Europeu. 

Logo da Comunidade

Logo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo
Image

Localização

Cofinanciado por
Banner Cofinanciado