A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo apresentou ontem, dia 11 de setembro, em Tomar, um reforço histórico da capacidade operacional da Proteção Civil na região, num investimento global superior a 4 milhões de euros.
A cerimónia, que decorreu na sede da CIM, contou com a presença de autarcas, responsáveis da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), bem como comandantes e bombeiros dos 11 municípios da região.
“Hoje é um dia histórico para o Médio Tejo. É o dia em que mostramos, juntos, que a Proteção Civil é prioridade. Um dia em que damos às nossas corporações de bombeiros meios mais modernos, mais robustos e mais versáteis para proteger o que é mais importante: a vida das pessoas”, afirmou Manuel Jorge Valamatos, presidente da CIM Médio Tejo, sublinhando que este é um “investimento estratégico que ultrapassa os 4 milhões de euros”.
O presidente acrescentou ainda que “os meios de socorro têm de ser polivalentes para poderem atuar em diferentes tipologias de ocorrências. Hoje um veículo pode ser empenhado no combate a um incêndio rural e amanhã, com outro módulo, servir de apoio energético a uma infraestrutura crítica”, destacando a articulação da estratégia com o comando sub-regional da Proteção Civil.
O 1.º Secretário Executivo da CIM Médio Tejo, Miguel Pombeiro, detalhou os investimentos atribuídos aos 11 municípios da região:
- 11 veículos de apoio operacional (um por município);
- 6 módulos de apoio ao combate a incêndios rurais;
- 1 módulo de geradores e iluminação;
- 1 módulo autónomo de ar respirável;
- 1 módulo com sistema de bombagem;
- 1 módulo de busca e salvamento;
- 1 módulo de proteção multirriscos e ambiental;
- 1 embarcação de reconhecimento, transporte e socorro para o rio Tejo e Albufeira de Castelo do Bode;
- 272 equipamentos de proteção individual estruturais, a entregar até final de setembro.
Este investimento insere-se na Estratégia Intermunicipal de Proteção Civil do Médio Tejo (ITI 2030), que aposta na partilha e gestão integrada de recursos, garantindo respostas mais rápidas e eficazes a riscos como incêndios rurais, inundações, acidentes industriais ou emergências ambientais.
Reconhecimento e impacto regional
Na sessão, Luís Filipe, vogal executivo da Comissão Diretiva Centro 2030, entidade financiadora, felicitou a CIM Médio Tejo “pela organização conjunta desta candidatura”, destacando que “trabalhar à escala supramunicipal permite poupança na alocação de recursos e reduz o risco de falhas administrativas e processuais”.
Também presente, o presidente da ANEPC, José Manuel Moura, sublinhou a relevância do reforço de meios: “Todos estes recursos são como pão para a boca destas estruturas. Estas 11 viaturas e, sobretudo, os equipamentos de proteção individual são fundamentais para os nossos recursos humanos.”
O Médio Tejo posiciona-se como uma região de referência na preparação e resposta a riscos naturais e tecnológicos, reforçando a segurança e a confiança das populações.
Este investimento foi cofinanciado pela União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no âmbito do Programa Centro 2030.