Em relação à recente decisão do Governo, de localização do novo aeroporto internacional de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIM Médio Tejo) lamenta a opção tomada por uma localização na margem sul do Rio Tejo. Como sempre defendemos, a localização em Santarém era a opção que melhor defendia a coesão territorial, que aproximava diferentes regiões, exigia um menor esforço em infraestruturas, e que daria, de facto, um contributo decisivo no atenuar das assimetrias do país.
Face à decisão tomada, a CIM Médio Tejo vem salientar a necessidade de fazer acompanhar a construção do novo aeroporto de um conjunto de infraestruturas imprescindíveis. Entre estas, para o Médio Tejo, mas também para todos os acessos norte e interior ao novo equipamento, assumem especial destaque a conclusão da A13 entre Vila Nova da Barquinha e Almeirim, com resolução da travessia do Tejo na zona da Chamusca, assim como a conclusão do IC9, entre a A23 e Ponte de Sôr, com resolução da travessia do Tejo entre Abrantes e Constância, ambas previstas no Plano Rodoviário Nacional. Sem estas vias, há toda uma parte do país que ficará ainda mais distante e à mercê do acentuar das desigualdades territoriais.
A CIM do Médio Tejo informa ainda que retomará agora o diálogo já encetado entre diferentes organismos tendo em vista a possibilidade de abertura do aeródromo Militar de Tancos a uma utilização partilhada militar-civil, potenciando o aproveitamento daquela infraestrutura também como aeroporto regional.
Médio Tejo, 17.05.2024
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