Autarcas do Médio Tejo alertam para poluição no rio Tejo no Parlamento

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Os presidentes das câmaras de Abrantes, Mação e Constância, membros da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, juntaram-se aos autarcas de Castelo Branco, Nisa, Gavião e Vila Velha de Ródão na Assembleia da República, no dia 2 de fevereiro, com o objetivo de alertar os deputados para os problemas de poluição que têm afetado o rio Tejo.

Os autarcas pediram uma resposta rápida por parte da tutela, devido aos impactos negativos que a poluição tem a nível económico e ambiental, durante uma audição da comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação. Entre os problemas identificados estão a descarga de afluentes de empresas da região e os transvases feitos por entidades espanholas.

O presidente da Câmara Municipal de Mação, Vasco Estrela, referiu que os problemas se têm agravado nos últimos meses e que a poluição do rio Tejo tem originado a morte dos peixes e a impossibilidade de pesca. “Existem investimentos que foram feitos nas margens ribeirinhas que ficam prejudicados. Vamos ter brevemente o festival da Lampreia e tememos a má imagem que este evento possa ter”, alertou o autarca.

Também o caudal diminuto do rio Tejo preocupa os autarcas. As presidentes da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, e de Constância, Júlia Amorim, responsabilizaram por tal os transvases feitos por Espanha. “Os nossos amigos espanhóis não se estão a portar bem connosco e nós temos de ser firmes com eles”, afirmou Júlia Amorim.

Os deputados reconheceram a necessidade de existir uma intervenção urgente para a preservação do rio Tejo, nomeadamente através do reforço da fiscalização, tendo o presidente da comissão, Pedro Soares (BE), concluído que a defesa do rio Tejo é uma prioridade nacional, indo o parlamento “encetar todos os esforços” para combater a poluição.