Municípios do Médio Tejo integram núcleo fundador da Rota da EN2

rota en2

Criar uma nova rota turística baseada na Estrada Nacional 2, que liga Chaves a Faro num total de 738 km, é o principal objetivo do protocolo recentemente assinado por um conjunto de municípios, entre os quais os concelhos de Vila de Rei, Sertã, Abrantes e Sardoal, na região do Médio Tejo.

A assinatura deste protocolo, que ocorreu no passado dia 7 de novembro, em Santa Marta de Penaguião, no distrito de Vila Real, vai permitir a criação da Associação de Municípios da Rota da EN2 que irá integrar os 36 concelhos que a EN2 atravessa.

A Sertã e Vila de Rei são dois desses concelhos por onde passa a mítica Estrada Nacional 2, que é a mais extensa de Portugal e a única que o atravessa de uma ponta à outra.

“O Momento”, foi a denominação dada ao dia em que foi assinado o Protocolo de Intenções da Rota da Estrada Nacional 2, a maior estrada do país e que liga Chaves a Faro numa extensão de 738,5 quilómetros, com vista à criação de uma Associação dos Municípios atravessados pela referida estrada.

José Farinha Nunes, presidente da Câmara Municipal da Sertã, refere que “como a EN2 passa no nosso concelho, somos também fundadores desta Associação em que aquilo que se pretende é que, ao longo do percurso destes 36 municípios que são atravessados por esta estrada, haja aqui uma atração em termos turísticos”.

A iniciativa está a ser liderada pelo município de Santa Marta de Penaguião, distrito de Vila Real, em que o que se pretende é dar a conhecer o potencial paisagístico e patrimonial dos concelhos que a EN2 atravessa.

Segundo explicou ao médiotejo.net José Farinha Nunes, autarca da Sertã, “a ideia é que as pessoas que façam esta rota encontrem preços semelhantes em termos de hotelaria e da restauração nos concelhos por onde passem e este é o primeiro passo para desenvolver o interior do país”. “Se tivesse sido construída uma auto-estrada ao longo desta estrada nacional, aí o país estava desenvolvido uniformemente e não só o litoral”, lamenta José Farinha Nunes.

Trata-se de um projeto inédito, pioneiro e transregional tem como principal objetivo desenvolver ao nível económico e turístico as regiões por onde passa a Estrada Nacional 2 que, salienta José Farinha Nunes, “é a maior em território nacional e a terceira maior do mundo, com mais de 700 kms de extensão, e isso faz com que seja invulgar e queremos desenvolver todos os percursos por onde ela passa”.

A longo prazo, no âmbito da atuação da Associação de Municípios da Rota da EN2, será criado um passaporte com o carimbo municipal para os turistas marcarem os locais por onde passaram e é intenção dos impulsionadores deste projeto apresentar candidaturas a fundos comunitários com o objetivo de consolidar a EN2.

Esta rota vai envolver as cinco comissões de coordenação e desenvolvimento regional do país e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, já se mostrou disponível para ser parceira neste projeto.

“Falar deste protocolo é falar do país”, salienta o presidente do município de Santa Marta de Penaguião, Luís Machado, mentor da ideia de um projeto que se prevê ambicioso e dinâmico e que envolve as mais de três dezenas de municípios atravessados pela referida Rota.

Parafraseada como a maior aldeia de Portugal, esta iniciativa foi desde logo abraçada e elogiada pelos autarcas envolvidos dado que a mesma prevê um envolvimento e compromisso como nunca visto entre municípios e autarcas.

Segundo o presidente local este foi sem dúvida um dia histórico para todos os presentes e marca o início do “primeiro projeto do género a nível nacional: atravessa todo o país, é inédito, pioneiro, transregional e tem um valor socioeconómico muito grande, com potencial de crescimento”.

Uma iniciativa que permite ainda demonstrar que o poder local, independentemente de partidos e ideologias políticas, é indispensável ao bom desenvolvimento do país, e que se consegue unir, reunindo forças em prol dos seus munícipes, visitantes e território.

A Associação de Municípios da Rota da EN 2 pretende ainda criar dinamismo e trazer destaque à gastronomia, ao património e à cultura que cada território tem para oferecer fazendo assim com que a estrada deixe de ser uma estrada “desertificada”, ultrapassada pelas autoestradas, e que passe a ser uma estrada com elevado valor turístico.

Com efeito, a rota passa pelo interior das povoações e liga paisagens tão diferentes como as vinhas Durienses, as planícies Alentejanas e as praias Algarvias.

“É este potencial paisagístico e patrimonial que se quer aproveitar. O objetivo é avançar com um projeto de dinamização desta estrada histórica que vai guiar os visitantes por uma viagem pelo país. Pretende-se que as pessoas que façam esta rota tenham o mesmo tipo de acolhimento em todos os municípios por onde passem: informações sobre os produtos locais e preços idênticos em alojamentos e/ou restauração”, defende o autarca penaguiense.

Para além disso, e porque a Rota passa por locais em que surgem grandes necessidades de recuperação, está igualmente prevista a possibilidade de candidaturas a fundos comunitários no sentido de, entre outras intervenções, requalificar troços e transformar casas dos cantoneiros em albergues.

Na assinatura estiveram presentes os presidentes e/ou representantes dos Municípios de Chaves, Vila Real, Peso da Régua, Vila Pouca de Aguiar, Viseu, Penacova, Vila Nova de Poiares, Gois, Pedrogão Grande, Vila de Rei, Almodôvar. Os restantes municípios não estiveram presentes por motivos de agenda tendo feito chegar por escrito a intenção de assinar posteriormente o referido protocolo.

Presente na cerimónia, o vice-Presidente do município de Vila de Rei, Paulo César Luís, refere que “este projeto transregional, pioneiro a nível nacional, terá, num futuro próximo, um importante papel na promoção e divulgação do património turístico, gastronómico e cultural de todos os concelhos envolvidos. Ao mesmo tempo, trata-se de um forte trabalho de colaboração entre mais de 30 municípios empenhados no desenvolvimento do seu território, dotando-os das melhores condições possíveis para os seus munícipes e visitantes.”

Na região do Médio Tejo, a Estrada Nacional 2 atravessa ainda os concelhos, para além de Sertã e de Vila de Rei, de Sardoal e Abrantes.

 

Fonte: mediotejo.net

 

 

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