CIMT acolheu “Turismo Acessível – Trabalho em Rede” num ambiente de conhecimento e partilha

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Foi num ambiente descontraído, mas bastante profícuo na partilha de experiências e conhecimento, que decorreu na Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, no passado dia 26 de novembro, o workshop “Turismo Acessível – Trabalho em Rede”.

O auditório da CIM do Médio Tejo, em Tomar, ficou bem preenchido para ouvir as experiências de vários convidados, com diferentes limitações físicas.

Foi pelas palavras de Zé Gaspar, monitor da Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã, que trouxe consigo o João e o Carlos, de Madalena Ribeiro, de Luís Rodrigues e de Marisa Maganinho, do projeto “Comunidade Surda”, que foi possível perceber que já foi realizado muito trabalho no âmbito do turismo acessível, mas que há ainda um longo caminho a trilhar.

“Eles não estavam habituados a ser turistas”, afirmou Zé Gaspar na sessão, tendo referido que hoje já não é assim. Cada vez mais, quem apresenta algum tipo de limitação está pronto para fazer turismo e as estruturas devem estar devidamente preparadas para os acolher.

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Já Luís Rodrigues, com limitação motora, evidenciou a importância da comunicação para o exterior por parte das unidades turísticas para que seja possível perceber com o que se conta aquando de uma saída, tendo salientado também que a “fiscalização é muito importante”.

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Foi na base da partilha de conhecimento e experiências que o dia se desenrolou, tendo contado com as intervenções iniciais de Miguel Pombeiro, secretário executivo da CIM do Médio Tejo, com Filomena Pinheiro, da Turismo Centro e com Ana Garcia, da Accessible Portugal, que procedeu à apresentação do projeto AccessTur.

A responsável explicou que a CIM do Médio Tejo e a Accessible Portugal vão começar a trabalhar a temática do Turismo Acessível e Inclusivo durante os próximos três anos.

O protocolo, entre as duas entidades, prevê a implementação de um plano de atividades a desenvolver pelos treze municípios do Médio Tejo, desde formações de sensibilização, desenvolvimento de uma plataforma de formação online, entrega de um KIT de boas práticas (por município), realização de um vídeo promocional da região Centro, de um guia turístico acessível da região, de um manual de Hotel inclusivo, famtrips no território, entre outras ações.

Em cada Município do Médio Tejo já estão identificados um conjunto de locais e equipamentos que irão contar com visitas técnicas para que possam, no futuro, melhorar as suas condições de acessibilidade. Entretanto, outros equipamentos e espaços já receberam visitas TUR4all.

No arranque da sessão, Miguel Pombeiro, secretário executivo da CIM do Médio Tejo, sublinhou a parceria iniciada com a Accessible Portugal, referindo que a partir deste trabalho, agora iniciado, espera-se que o território assuma um caracter mais inclusivo e adaptado a todos.

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“Queremos contribuir para adaptação do nosso território e para melhores condições dos nossos equipamentos e infraestruturas para que se tornem mais apetecíveis, sendo este um trabalho sem fim e uma das áreas que deve deter grande preocupação por parte dos agentes ligados ao Turismo”, referiu o secretário executivo.

O responsável salientou ainda que a questão da acessibilidade é de facto transversal a qualquer eixo turístico e que há muito por fazer. Por isso, é com “expetativa que a CIM do Médio Tejo inicia este processo”. “A nossa expetativa é que cheguemos ao final de dezembro de 2021 e possamos estar muito mais qualificados e preparados neste âmbito”, rematou.

Já Filomena Pinheiro, da Turismo Centro, disse que o objetivo é ter “uma região de excelência em termos de acessibilidade e inclusão”, sendo missão da Turismo Centro “promover e valorizar os recursos que existem no território, tendo para isso de se estruturar produto turístico preparado para todos”.

Após dar alguns exemplos de iniciativas já devidamente inclusivas, como wakeboard adaptado, disse que é objetivo da Turismo Centro “tornarmos esta região um destino acessível e inclusivo e é por isso que estamos com muita esperança neste projeto”.

Após o momento de debate e almoço, os trabalhos prosseguiram no período da tarde, com a sessão dos grupos de trabalhos subordinados ao tema “Como nos podemos preparar para a diversidade do turismo acessível na nossa região – por tipologia de limitação”.

A tarde terminou com a apresentação de soluções e partilha dos grupos, finalizando com a preparação da próxima reunião de trabalho em rede, sendo este um projeto a desenvolver no presente e no futuro.

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