CIM do Médio Tejo dá a conhecer conclusões do estudo para a Valorização do Ensino Profissional e Estratégia Educativa

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No âmbito do trabalho realizado sobre o “sucesso educativo no Médio Tejo: valorização do ensino profissional e estratégia educativa”, foram apresentados aos Municípios e às Escolas do Médio Tejo os relatórios finais de diagnóstico e de linhas de estratégia para a valorização do ensino profissional.

A apresentação realizada no passado mês de dezembro, resultou na partilha das principais conclusões e propostas de ação para os próximos anos.

“A redução do insucesso escolar tem sido uma aposta no Médio Tejo com resultados positivos, existindo ainda uma elevada margem de progressão”, pôde-se ouvir nas conclusões proferidas. Por outro lado, constata-se uma redução do número de alunos: “entre os anos letivos 2007/ 2008 e 2017/ 2018 o Médio Tejo perdeu cerca de 6.000 alunos”. Relativamente à escolha de percurso formativo, “43,3% (3.607) dos jovens, que no ano letivo 2017/ 2018 se matricularam no ensino secundário em escolas do Médio Tejo, fizeram-no em vias profissionalizantes ou de dupla certificação, escolar e profissional”.

“Os cursos profissionais são assim a opção de um número significativo de jovens exigindo atenção, dedicação, investimento e um quadro de financiamento ajustado”. É essencial "um investimento mais adequado e qualitativo no desenvolvimento dos percursos e do sucesso educativo”, referiu Clara Correia, consultora da Quaternaire Portugal, empresa que realizou o estudo para a CIM do Médio Tejo. Destacou ainda que “num contexto de recessão demográfica importa valorizar e conferir atenção a esta preferência dos jovens pelo ensino profissional, desenvolvendo respostas adequadas a procuras individuais, empresariais e estruturais”.

Perante este cenário, foi referido que é necessário a execução de linhas de estratégia para a valorização do ensino profissional, centradas em várias áreas de intervenção, como sejam:

Planeamento e concertação da rede de cursos profissionais; Política de transportes e apoio à mobilidade dos jovens; Informação e acompanhamento da ação social municipal; Organização e disponibilização de informação, conhecimento e oportunidades de capacitação; Criação e dinamização de redes temáticas de cooperação; Constituição de bolsas / centros de recursos para o ensino profissional; Informação e divulgação regional de ofertas educativas e formativas; entre outras.

Na sessão de apresentação, foram deixadas algumas sugestões de projetos âncoras a aplicar na região, nomeadamente, a realização de um “Estudo e exploração de modelos alternativos para a organização da rede de ensino profissional”. A mobilização de recursos existentes no território, apoiada numa lógica colaborativa, deve permitir criar condições para que os jovens, sobretudo os residentes em concelhos de baixa densidade, frequentem cursos profissionais.

Outro projeto âncora apresentado foi o “Roteiro para a valorização do ensino profissional”. O mesmo sugere a divulgação de informação clara sobre os percursos profissionais junto da comunidade educativa, apoio e promoção da dinamização de redes e projetos de cooperação, a aproximação dos jovens e das escolas aos contextos profissionais, a aproximação das empresas aos desafios e contextos educativos e o desenvolvimento de linguagens comuns que favoreçam o contributo de famílias, municípios e empregadores para a formação dos jovens, entre outros objetivos.