Foi com grande entusiasmo que o III Encontro dos Museus do Médio Tejo regressou no dia 8 de novembro ao auditório Dr. Júlio das Neves, no Instituto Politécnico de Tomar (IPT), reunindo vários interessados nesta temática.
Numa organização da Rede de Museus, da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e do IPT, o evento decorreu subordinado ao tema: “Museus e a Educação 2021”, tendo sido assegurada a sua transmissão online para quem não teve oportunidade de estar presente.
A sessão de abertura da sessão foi assegurada por Anabela Freitas, presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo a quem se juntou Rita Jerónimo, em representação da Direção Geral do Património Cultural, João Coroado presidente do Instituto Politécnico de Tomar e Margarida Moleiro representante da Rede dos Museus do Médio Tejo.
Na ocasião, Anabela Freitas recordou o arranque da Rede de Museus na CIM do Médio Tejo, referindo que a mesma surgiu com três propósitos concretos:
“Uma primeira vertente patrimonial, seja ela material ou imaterial, enquanto peça de memória coletiva dos povos e tradições da nossa região”, uma segunda vertente, a questão “educacional hoje abordada neste III Encontro” e uma terceira vertente dedicada à “coesão territorial, de modo a que os museus possam ser um elemento agregador e potenciador da coesão territorial do Médio Tejo”.
Mais acrescentou que para se promover a coesão territorial dos territórios é necessário “um triângulo virtuoso”, existente no Médio Tejo: “a instituição do ensino superior, o conhecimento, e hoje estamos no sítio certo (…) o poder público assente numa autarquia ou numa CIM, no nosso caso na CIM do Médio Tejo e em terceiro os privados”.
“Se queremos associar os museus a experiências com uma dimensão económica, temos de trabalhar necessariamente com os privados”, salientou Anabela Freitas.
Reconhecendo as instituições culturais como campo educativo e as instituições educativas como polos culturais, a Rede de Museus do Médio Tejo trouxe ao longo de todo o dia a debate as práticas dos parceiros da Rede neste âmbito.
Para o efeito, a Rede convidou para o debate experiências nacionais e internacionais, observadas e/ou efetivadas por equipas de museus, investigadores e museólogos, para discutir que papel podem ter os museus nesta travessia para um novo paradigma entre agentes culturais, educativos (formais/não-formais) e científicos.
A conferência inaugural foi assegurada por Denise Pollini, com o tema “Como podem os museus através dos «serviços educativos/programas de educação não formal» ser ativos e ativistas nas sociedades em que se inserem?”
Seguidamente, o dia foi marcado pela realização de quatro painéis muito interessantes e com especialistas que deram uma abordagem do trabalho realizado em várias áreas a nível local e nacional.
“O Plano Nacional das Artes em Ação e no Terreno”, “Recuperando Laços e Afetos: Museus e Público Escolar em Tempos de Desconfinamento”, “Relação Museus-Ensino Universitário: parceiros de sempre à procura de novos sentidos” e “o Museu como meio e ferramenta de ação e de educação de e para as comunidades” foram os temas abordados e que contaram com intervenções muito interessantes e profícuas para os trabalhos desenvolver nos museus.
Os últimos momentos deste III Encontro contaram com a presença de Mário Moutinho, vice-presidente do MINOM-Movimento Internacional da Nova Museologia e reitor da Universidade Lusófona, tendo uma vasta obra produzida sobre Museologia Social e Sociomuseologia e também como percussor do Museu Comunitário de Monte Redondo (Leiria).
Para o ano, a Rede de Museus pretende voltar com mais um Encontro. Até lá, todos os museus do Médio Tejo aguardam uma visita!